domingo, 16 de maio de 2010

Lisboa





Lisboa


Lisboa,

Já te digo adeus

Não vejo mais os teus olhos.

Já me despeço do Cais

Levo comigo saudades.

n Trás Deixo,

Os Meus Encantos lindos.

Só Vejo,

Como lenços brancos dos despedidas.

Algarve Adeus!

Já Deixo parágrafo Trás

Casinhas brancas.

Os gemidos do vapor,

Nas ondas do mar redondas

Como saudades e como dores

Sentinelas dos Açores.

Adeus funchal

Cercados de ondas e cereais

Berço do mar

Ilha da Madeira

Vou te Abraçar.

O vapor dos gemidos.

Os Imigrantes Dizem adeus

As flores da Ilha da Madeira.

Já, não sei um Fronteira.

Cabo Verde!

Museu dos Navios perdidos

Que como ondas do mar afundaram

Navegantes almas dos vapores,

Pombas brancas dos Açores.

Já me despeço de ti

Cabo Verde!

Ilha da Madeira,

Um Coração Português.

Procurando alma brasileira.

Já viajo Destino em outro,

Quero é

Abraçar o Brasil.

Navegador

Abraça com amor o Brasil

SE um dia

Esquecer de mim,

Lembras como que saudades

Não tem fim.


Umbelina Nascimento Reis Nunes.

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Dona Umbelina nasceu dia 25 de Dezembro de 1922, na aldeia de Pombares, Trasosmontes, em Portugal. Quando ainda era menina sua mãe vira a falecer deixando esta responsabilidade para ela a filha mais velha que havia de cuidar de todos os irmãos para o pai poder trabalhar na lavoura. Sob estas condições não pode estudar...
Analfabeta, Umbelina desenvolveu um dom único, de transformar em poesia, coisas inperceptiveis aos olhos da rotina. Mostrando a beleza, a alegria, e os desgostos escondidos nas insignificancias do dia-a-dia.